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Open Banking: Saiba o que muda com a entrada em vigor da diretiva PSD2


 
Com esta nova legislação, os bancos irão passar a ser obrigados a partilhar os dados dos seus clientes com as Fintechs e outros players que poderão agora começar a apresentar produtos inovadores neste mercado.
 
No entanto, para percebermos as reais mudanças que advêm desta diretiva, é importante perceber onde surgiu e o que engloba.


O que é o Open Banking e a diretiva PSD2?

 
Até agora, sempre que um utilizador pretendia aceder aos seus dados bancários ou executar alguma operação à distância, era necessário aceder às plataformas e aplicações específicas de cada banco, obrigando muitas vezes o utilizador a saltar entre aplicações para fazer a sua gestão financeira das várias contas e, muitas vezes, até com limitações nas operações.
 
Com a entrada em vigor do diploma comunitário conhecido como PSD2 (Payment Services Directive 2), que começou a ser desenvolvido a partir de 2015 e foi aprovado em janeiro de 2018 a nível europeu, começou aquela que é apontada como uma das maiores revoluções no setor bancário e que marca uma nova era de possibilidades para o utilizador, na gestão dos seus dados bancários.
 
Com esta nova diretiva europeia, os bancos irão ser agora obrigados a disponibilizar uma API (Application Programming Interface) que irá permitir que aplicações e plataformas de terceiros, com autorização do utilizador, acedam aos dados bancários e, assim, ofereçam serviços inovadores ou alternativos que até aqui apenas podiam ser desenvolvidos por entidades bancárias.
 
No fundo, o Open Banking irá permitir uma cooperação entre instituições bancárias, startups, fintechs e gigantes tecnológicas, de forma a trazer conceitos inovadores para o setor bancário e novas funcionalidades que permitem aos utilizadores gerir e utilizar todos os seus produtos financeiros.


O que é uma API?


De forma a haver cooperação entre os bancos e outras entidades, é necessário que estas disponibilizem uma API para que se torne possível o acesso externo e seguro aos seus dados. Mas o que é afinal uma API?
 
Uma interface de programação de aplicações (API, na sigla em inglês) é um conjunto de padrões de programação que permite que sistemas diferentes, com linguagens de programação diferentes, consigam interagir entre si.
 
Através destes mecanismos, é possível que programadores consigam criar aplicações, serviços e plataformas para as empresas, utilizando de forma segura dados, informações ou funcionalidades de outras organizações, sem que este fluxo seja visível para o utilizador.


Que benefícios traz o Open Banking?


Com a implementação do Open Banking, irão ser várias as vantagens para clientes e para as entidades bancárias.
 
Para começar, os processos irão registar um aumento de transparência e efetividade, sendo possível, por exemplo, uma abertura de conta ou a atribuição de rating, de forma mais célere e eficiente.
 
Além disso, os clientes irão passar a deter um maior controlo e acesso aos seus dados e poder decidir com que outras organizações pretende partilhar, acedendo a serviços mais diversificados e inovadores.
 
Com a disponibilização das API’s por parte das instituições bancárias, começarão a ser lançadas novas aplicações, plataformas e ferramentas que irão oferecer ao utilizador uma grande evolução na sua gestão financeira.
 
A título de exemplo, através do uso de inteligência artificial e Big Data, poderão surgir aplicações de gestão financeira que analisam todos os dados bancários como receitas e gastos para sugerir formas de poupança no final do mês.
 
Além disso, poderão também surgir ferramentas de análise de aplicações financeiras, poupanças ou empréstimos que sugerem ao utilizador a melhor solução para o seu tipo de consumo ou necessidades.
 
Para as instituições financeiras, estas irão passar a conhecer melhor o seu cliente e a conseguir oferecer um serviço cada vez mais personalizado e alinhado com as expectativas e pretensões do utilizador.


Quais os desafios do Open Banking?


Embora o Open Banking represente uma enorme evolução, acarreta consigo também imensos desafios.
 
Por um lado, é importante que as entidades bancárias consigam controlar a privacidade dos dados partilhados, indo de encontro às normas exigidas pelo RGPD.
 
Por outro, é importante assegurar a regulação do tipo de dados que são enviados, assim como a segurança da transmissão de dados, para que não exista nenhum tipo de fuga de informação e segurança nos acessos.
 
É preciso reforçar as práticas de autenticação da identidade digital dos utilizadores usando, inclusive, mecanismos de análise comportamental, que devem ter em conta todos estes fatores no cálculo do risco de fraude na transação, o chamado "threat intelligence".


Plataforma SIBS API Market - A solução portuguesa para o Open Banking


Embora o Open Banking permita às empresas estabelecer ligações com várias entidades bancárias, estas podem ter de integrar com dezenas de plataformas diferentes.
 
Para facilitar essa tarefa em Portugal, a SIBS, em parceria com 18 entidades financeiras, lançou o SIBS API Market, uma plataforma que pretende ser a base primordial para todos os serviços financeiros prestados por agentes, que não são necessariamente os bancos, e que trabalham com a informação dos bancos sobre as contas, desde que os clientes autorizem.
 
Esta plataforma marca a adaptação da SIBS à PSD2 e é comparada com o surgimento do Multibanco, há 35 anos atrás.
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