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Silos organizacionais
{alt:Diogo Ribeiro}

É tempo de acabar com os silos organizacionais

 
O homem tende a ver-se como o centro do mundo (antropocêntrico). De formal geral, ele trabalha para seu próprio benefício e interesse. Os seus problemas são, na maioria das vezes, empolados, havendo tendência para se proteger e resguardar. O pensamento egocêntrico ofusca, assim, a visão global daquilo que faz ou cria.

Ora, no contexto empresarial, o que realmente importa é o cliente, não o "eu" individual. Se algo corre menos bem, quem perde é o cliente. Desta forma, a satisfação do cliente é algo que deve ser procurado de forma holística, nunca individual.  Se, em determinada altura do trabalho, começamos a dar enfase ao "eu” que errou, o "eu” que fez isto, o "eu” que fez aquilo, estamos a inverter o motivo pelo qual trabalhamos, dando origem a comportamentos indesejáveis de individualismo, que ofuscam o esforço coletivo.

Posto isto, silos são:

Áreas da empresa que agem de forma autónoma e trabalham de forma opaca, quer na receção, quer na distribuição de processos e assuntos.
 


Somos todos um silo?

 À questão "Somos todos um silo?” a resposta é "Sim”, especialmente se começarmos a dar demasiado destaque ao "eu”. Qualquer individuo pode, dentro de uma organização, comportar-se como um silo. Vejamos alguns exemplos:


- Isso não é comigo; 

- Não fui eu que errei, foi x e y;

- O meu processo está bem montado, é em z que a coisa está mal;

- Porque te intrometes no meu trabalho;

- Aquilo está mal, mas também não vou dizer nada pois tenho mais com que me preocupar;

- Aquilo está mal, mas o colega leva a mal se eu sugerir uma melhoria;
 
Todos estes exemplos contribuem, aos poucos, para uma visão hermética do trabalho desenvolvido por qualquer colaborador. Todos tendemos a pensar que "o que é nosso é nosso, o que é dos outros, não é problema nosso".
 
 

Departamentos como Silos

 A formação de silos é muito comum na esfera dos departamentos. Cada departamento tem uma gestão muito própria, vários processos autónomos, objetivos fixos e uma identidade quase singular. Existe, geralmente, um forte sentimento de unidade e a sensação de que é necessário defender o grupo a todo o custo. Trata-se de uma visão quase tribal que deve ser combatida, de forma análoga à visão antropocêntrica. Já que, por este motivo, a comunicação entre departamentos degrada-se e reduz a capacidade de criar sinergias produtivas.

Exemplos: Alterações de políticas sem partilha de informação ou troca de ideias; Rejeição de ideias de outras áreas; etc.

Estes tipos de situações podem surgir entre departamentos e podem acontecer dentro do próprio departamento. A ideia de que cada área está isolada em si mesma continua a prevalecer. Uma ideia que tem de ser quebrada a todo o custo. Para o cliente, a empresa é uma unidade singular. Ele não vê as estruturas internas e tão pouco lhe interessa saber onde falham os processos.

 

Como quebrar os Silos? 

 A satisfação do cliente deve ser o foco de todos os colaboradores. Ele é o objeto final de todo o esforço e, como tal, o colaborador deve ser suficientemente altruísta para perceber qual o objetivo do seu trabalho.

Para quebrar estes silos, é necessário:

• Fomentar uma visão unificada da empresa;

• Trabalhar para um objetivo único e comum;

• Motivar e incentivar;

• Executar e medir;

• Colaborar e criar.

Ou seja, é necessário um propósito comum à volta de uma ideia. Criar formas de interagir que permitam criar uma sensação de unidade. Cabe a todos um pouco de esforço para quebrar tendências de isolamento e abraçar visões amplas sobre o trabalho executado.
 


 Como melhorar?

 - Com a compreensão integral da estratégia da empresa, da unidade e da forma como cada colaborador contribui para a conquista desse objetivo;

- Com o incentivo à cooperação entre áreas distintas, através da participação em projetos fora da esfera operacional de atuação comum;

- Com o rompimento de processos funcionais, em detrimento de processos transversais, capazes de quebrar sentimentos de posse;

- Com a criação de KPI cruzados que unifiquem o espírito de grupo e promovam a entreajuda;

- Com o foco no cliente e a desmistificação do erro;

- Com a procura incessante pela melhoria transversal da organização
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